sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A família dos Zés.

A família dos Zés.

Ao nascer, sem nenhuma dúvida, chamaram-me de Zé! Lógico que esse não seria o meu nome, mas sim um de meus inúmeros apelidos. Apelidos que logo começaram a surgir quando naquele fim de mês junino quase quatro quilos de Zé nasceram. E claro, logo começaram as perseguições.
 Com uma beleza bem exposta naquele estreante, não só adjetivos pelo meu porte “atlético” recebi, mas também palpites de como deveria ser meu registro geral. As matracas típicas do território onde nasci se puseram logo a soltar aquela língua de sapo. Não queriam que aquele belo pedaço de gente, eu (rs), tivesse um nome qualquer desses aí, comum! Isso mesmo, absurdo né?  Mas imaginem elas, as matracas, caladinhas escutando o pai do meninão atraente dizendo que o nome seria justamente José. Agora imaginem de novo, (nessa hora eu tenho pena), elas ouvindo que também seria João. Pois é, José João, meu nome, ou para quem preferir Zé João! Bem melhor que aqueles com dois ou mais “y’s” ou terminados em “on”, nada contra as pessoas que possuem esses adicionais, mas prefiro o meu. Simples... Aliás, simples e composto ao mesmo tempo.
- Essa foi boa hein... Perceberam? Hein?  Hein?
Desde então a saga começa. Aos poucos cresci! (Lógico, pois não poderia crescer de uma vez!) Quando eu mal entendia meu nome, já me chamavam de Zé, Zezinho, Zé João, Jota, Jotinha... E por aí vai. Que eu me lembre bem, pra ouvir meu nome mesmo tinha que estar na sala de aula na hora da chamada. Rum... E quando eram os primeiros dias de aula, ô coisa chata! Os outros alunos logo davam aquele risinho ou então os professores perguntavam duas vezes o nome: - É esse o nome mesmo? E eu dava um sorriso sem graça.
Meu nome é José João, José pelo nome do pai de meu pai e João pelo pai de minha mãe. Tenho uma família de Josés, uns que já se foram, outros que estão comigo, outros que nasceram há pouco tempo e outros que com certeza irão nascer.
 Zé... Sou Zé com um tempero do João! E isso é muito bom. Meu pai é que tem sorte, tem dois Zé no nome. O chamam de Zezé! Orgulho do filhão aqui.

"Ainda existem matracas por aí a fora. Falando besteiras aos montes. Sendo inconvenientes, invasoras, repressoras, grosseiras e indelicadas. O que falta para elas? Não sei, nem me interessa.
 O que me interessa é que eu sou Zé, Zé João, Zezinho, Jota, Jotinha... Sou eu mesmo, sou  comum."

Ainda aprendendo, sou José João Damasceno Ramos.   

7 comentários:

  1. A cada texto você se supera viu mow?! Esse aí então, adorei! Muito bom!

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  2. Amei primo!Eu também prefiro os simples...tenho um Zé também!Você esuqeceu de falar que todos os Zé's da familia são lindos..hehe.Parabéns viu!!!!!!

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  3. É muito Zé, rapá! Blo texto, irmão. Evoluindo, hein, hein!?

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  4. É isso ai companheiro!VALEU e se sinta feliz por ser um ZÉ.

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  5. gostei muito do texto,muito interessante saber a origem dos Zés.Se sinta feliz por ser a pessoa que é!Morgana.

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  6. "Simples e composto..." sua cara... Que Deus continue sempre e sempre iluminando seus passos... Parabéns... Bjos

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  7. Compartilhei e continuo compartilhando seu sufoco com o nome, rsrsrsrs. Eu que sou Josykarla (do grupo dos ys e ks)tive e ainda tenho que ouvir na hora da chamada ou toda vez que digo meu nome, um "haaam?". Mas já acostumei, rsrsrs. Tenho imenso orgulho de saber que meu "Josy" vem de José e meu "Karla" vem de Carlos, então no fundo sou "uma" José e me orgulho disso. Meus pais também são "zés", ora, os dois, engraçado né? Adoro os zés que nos acompanham, e que sempre nos ajudaram a ser o que somos, orgulhosos de ser parte deles. Bjão primo.

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