sábado, 28 de agosto de 2010

Ao menos fui bem atendido, mas estou longe de estar satisfeito. --> Saúde...



Em um país que se diz subdesenvolvido, emergente e com uma das economias que mais crescem no mundo, um cidadão de classe C não consegue ter acesso a rede pública de saúde sem antes usufruir de sua pequena influência para ser atendido.
Como em Tutoia até a única clínica particular funciona como quer, na hora que quer e como nenhuma cliente deseja, nesta quarta-feira e neste sábado, recebi atendimento da rede pública de saúde da cidade. Nas duas situações fui atendido em no mínimo 15min após chegar ao hospital. Como conhecemos muita gente do lugar, com uma conversinha aqui e outra ali, fui passando na frente de alguns até conseguir ter prioridade nos atendimentos. Se eu falar das condições físicas do local sei que vão acreditar, pois é sabido da situação neste país no caráter “saúde”. Paredes que são exemplos de exposição mostram como a cor branca é facilmente posta como plano de fundo de qualquer obra, e não estou falando de arte.
Entre 4 e 11 horas da manhã não vi um funcionário sequer se preocupar com a higiene do local. O banheiro que eu utilizava, e com muita frequência, pois o soro que entrava pela minha veia precisava sair, era de dar nojo. Primeiro que eu dividia o banheiro com mais de 5 pessoas, são elas: As 4 que usavam a suíte, eu e outro internado que estávamos no quarto da frente e mais alguns dos quartos vizinhos.
Saúde é cara. Neste país então... O que se arrecada para deixar o sistema de saúde excelente é colossal e, no entanto não vemos o retorno deste investimento em uns dos mais simples serviços que é a primária aplicação de um soro, ou até mesmo usar um banheiro de um hospital.
O que ouvimos dizer por aí é que o trabalho tem que continuar, que fulano não pode parar, que ela veio para “presidentear” e que ele ao lado dela vai ficar para quando ela precisar. IRÔNICO. Isso vai continuar? As escolas de responsabilidade do estado vão continuar sem aulas, sem professores? Os hospitais vão continuar envergonhando e deixando o povo na mão? Pelo jeito sim!
No país que quer ser uma potência econômica, um país desenvolvido, os seus governantes não estão fazendo a tarefa de casa. Mas como o deus de mais de 80% trouxe a copa do mundo e as olimpíadas, os problemas estão resolvidos. Quando o cidadão precisar levar a filha ao hospital público, o povo apaixonado por futebol arte, nem vai se preocupar se a garota morrer por falta de atendimento, pois o garoto propaganda da competição pode fazer um gol lindo, decisivo... Quem se importa? É copa do mundo!
ABSURDO!
Temos uma vizinha que dá “bons” exemplos que não devemos seguir e outro que dá exemplos “ruins” que devemos seguir... Nos nossos hermanos a casa está caindo faz tempo e na terra dos terremotos, o Estado mostra como melhorar a educação, segurança pública, saúde e a economia, mas “nosso senhor nove dedos” tem os seus “bons” exemplos já em sua cartilha. Não precisa de mais ninguém, pois já é perfeito, é o cara!
Agora estou em casa, acumulando experiências e aprendendo como não deveria ser nosso país. Espero poder ainda escrever o que penso, mesmo com imaturidade, mas dizer o que penso, sem censura. É meus caros, a nossa velha conhecida censura está voltando a nos assombrar. Uma pena! E o pior é que os devotos não enxergam.
 Depois que o povo esquecer as magias e cair na real vai voltar a reclamar, e novamente queimando a língua, pois são eles que os colocaram lá... E com muita convicção.
Obrigado aos funcionários do Hospital de Tutoia. Ao menos fui bem atendido. Mas estou longe de estar satisfeito.


Cedo tava difícil de falar... Mas agora não quis nem saber, FALEI!
   

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ao lado do anjos.

Ao lado dos anjos.
Seguir com a vida...
Essa é a frase que nos dizem quando perdemos alguém que amamos. Conselhos aos montes são distribuídos em cada abraço, consolo ou em uma simples conversa durante um momento de reflexão entre os intervalos do choro, sempre engasgado.  O peito aperta, pois uma reunião no meio daquela sala que um dia já trouxe muitas gargalhadas, hoje coleciona momentos de perda. Mas somos adultos, devemos compreender, deixar a razão superar a emoção, afinal ninguém vive para sempre. É o que também dizem, dizem até demais. Parece que virou receita para se proteger deste tão famoso sofrimento.
E vendo meus primos com olhos marejados, ora soluçando, ora mais contidos, percebi que não há motivos para razão nem para compreender nada. Compreender o que? A morte? O sofrimento? A perda? Não meus primos, vocês têm é que chorar... Deixar a compreensão para quem não perdeu tanto.
A maturidade chega ao ser humano ou como experiência ou disfarçada de conhecimento. Mas dizer que ela alavanca a racionalidade em momentos cruéis, acho difícil. O mais forte desaba, se entrega ali mesmo, na frente de todos ou durante aquela situação de tranqüilidade em que as visitas se tornam menos repetitivas. Ou depois de uma semana, quinze dias, quem sabe um mês... Mas fraqueja!
Não se explica... Não se compreende... Só resta aceitar, rezar, crer em Deus e com muita fé desejar a presença de nossos amados no Paraíso.
Perdemos um grande coração, perdemos uma grande pessoa, uma grande mãe, que, aliás, viveu para ser mãe, criar seus filhos e educá-los muito bem.
Uma mulher doce, meiga, serena.
Minha querida tia descanse em paz! Não lhe vejo de outra forma, senão ao lado dos anjos, descansando e com aquele sorriso sempre presente, responsável pela serenidade e o amor que sentíamos quando falávamos com a senhora.
Vou dormir hoje sem entender o motivo de minha tia não estar mais conosco.
...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Os novos falsos herois!

 Como criança que não sabe ver um brinquedo novo na televisão, o eleitor brasileiro está louco para satisfazer mais um desejo provocado por um vazio de nunca ter tido um verdadeiro heroi na história do país. Iludido com a possibilidade de existir este  personagem de quadrinho nos dias de hoje, fica hipnotizado enquanto que, com muita astúcia,  nossos candidatos estudam o perfil de cada brasileiro de mente vazia, de cada brasileiro que não é capaz de diferenciar "azul de vermelho", que é a grande maioria da população, com  a intenção absoluta de atrair as massas aos pés de seus santuários.
Mudar as características físicas, faciais, para manobrar com mais suavidade o caminho da imortalidade é de uma intenção extremamente maléfica. Quem consegue, por mais boa vontade que tenha, aceitar que em alguns meses uma pessoa mude sua personalidade para o bem de uma nação? Bom, a dependência pode ser uma das responsáveis por essa crença. E quantos dependentes de dinheiro público temos hoje no país? Pois é... Uma resposta óbvia, mas incrédula por muitos. Muitos!
É isso meus caros...
Os templos estão erguidos e os devotos, já com calos no joelho, prontos para trocar de deus.

Falei...

Pensamentos...

          Não é sadio para uma sociedade ter pessoas que apoiam determinadas práticas, só porque essas práticas se opõem justamente à sua maneira de pensar. Tais pessoas deveriam se informar não apenas com assuntos que lhes convêm para poder dar base a seu questionamento, caso contrário, cairão  justamente na “armadilha” que tanto criticam. Pensamentos ultrapassados limitam essas  pessoas, impedindo-as de evoluir, pois as suas buscas por conhecimento perdem importância sempre quando esse conhecimento não lhes interessa ou não defendem sua posição.


Taí, mandou eu falar, falei!