quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ao lado do anjos.

Ao lado dos anjos.
Seguir com a vida...
Essa é a frase que nos dizem quando perdemos alguém que amamos. Conselhos aos montes são distribuídos em cada abraço, consolo ou em uma simples conversa durante um momento de reflexão entre os intervalos do choro, sempre engasgado.  O peito aperta, pois uma reunião no meio daquela sala que um dia já trouxe muitas gargalhadas, hoje coleciona momentos de perda. Mas somos adultos, devemos compreender, deixar a razão superar a emoção, afinal ninguém vive para sempre. É o que também dizem, dizem até demais. Parece que virou receita para se proteger deste tão famoso sofrimento.
E vendo meus primos com olhos marejados, ora soluçando, ora mais contidos, percebi que não há motivos para razão nem para compreender nada. Compreender o que? A morte? O sofrimento? A perda? Não meus primos, vocês têm é que chorar... Deixar a compreensão para quem não perdeu tanto.
A maturidade chega ao ser humano ou como experiência ou disfarçada de conhecimento. Mas dizer que ela alavanca a racionalidade em momentos cruéis, acho difícil. O mais forte desaba, se entrega ali mesmo, na frente de todos ou durante aquela situação de tranqüilidade em que as visitas se tornam menos repetitivas. Ou depois de uma semana, quinze dias, quem sabe um mês... Mas fraqueja!
Não se explica... Não se compreende... Só resta aceitar, rezar, crer em Deus e com muita fé desejar a presença de nossos amados no Paraíso.
Perdemos um grande coração, perdemos uma grande pessoa, uma grande mãe, que, aliás, viveu para ser mãe, criar seus filhos e educá-los muito bem.
Uma mulher doce, meiga, serena.
Minha querida tia descanse em paz! Não lhe vejo de outra forma, senão ao lado dos anjos, descansando e com aquele sorriso sempre presente, responsável pela serenidade e o amor que sentíamos quando falávamos com a senhora.
Vou dormir hoje sem entender o motivo de minha tia não estar mais conosco.
...

4 comentários:

  1. Interessante como a doçura de alguém marca, mesmo que tenhamos convivido pouco com ela. Minha tia, muito querida, muito amada, com uem convivi pouco... no entanto na sua sabedoria quase santa,ela marcava sua presença com um simples: "Deus te abençôe, querida" ou com um lanchinho, ou com uma lembancinha em datas especiais. Deus está em boa companhia!

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  2. Jota,acredito que todos tem uma meta a cumprir,quando o objetivo é alcançado não tem mais sentido nossa existência por aqui. Se durante nossa caminhada procuramos a sabedoria, com certeza deixaremos pegadas para que outroa a sigam. Sua tia deixou seguidores, e assim sua história prossegue... que felicidade,imagino que quem a conheceu ficou com um sentimento de paz, de leveza, da presença de Deus. E isso nos acalma.
    Pra vc.
    Durma bem, boa noite!.

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  3. Eternamente “Corrinha”

    Risos estampados no rosto
    Palavras amigas e verdadeiras
    Abraços fortes e aconchegantes
    Mãos macias, amigas... companheiras.
    Conselhos bem dados e seguidos
    Sólidos, fortes... precisos
    Um simples olhar, um gesto...
    Um beijo, um brilho, um sorriso.
    Do amanhecer ao anoitecer
    Era sempre aquela que afagava
    Que chorava que sofria
    Mas que vivia... que amava.
    Mãe, amiga, mulher
    Prima, irmã... madrinha
    Mãinha, Socorro, Maria...
    ...Aqui dentro eternamente “Corrinha”.

    P.S. Jota, desculpe invadir assim, mas é que achei que vocÊ devia ler o que fiz Pra ela.

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  4. não só eu, mas todos deveriam ler...
    Aos poucos percebo que ele era muito maior do que eu consiga compreender!

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